É notório o progressivo afastamento dos portugueses da política que governa o nosso país.
É natural. Porque os cidadãos procuram aquilo em que acreditam; e acreditam que existem em comunidade, num país democrático.
Mas as pessoas estão fartas dos discursos dos políticos portugueses de todos os quadrantes, duma retórica repetitiva, balofa, sem ideias, muitas vezes agressiva e quase sempre demagógica.
As pessoas perdem a esperança nas sucessivas alternativas que lhes são apresentadas como as melhores, as mais bem preparadas para assumirem as rédeas desta carruagem de destino indefinido que se chama Portugal.
Elegemos pessoas que não conhecemos só porque as agremiações políticas são levadas a apresentá-las - e no-las impõem - como as mais competentes para defenderem os nossos ideais, para nos guiarem para o bem comum à sociedade.
Uns após outros, ao contrário, têm-nos conduzido para becos sem progresso, sem saída, onde, quase sempre, os valores defendidos passam a ser os valores pessoais ou de grupo restrito; e isso resulta na descredibilização da política e na recessão social de valores.
A política, que deveria sempre perseguir objectivos de bem comum, que deveria encorajar-nos a agir e interagir para a criação das melhores soluções, acaba por tornar-se, segundo a óptica generalizada, no pior inimigo da democracia e da comunidade.
É por isso que as reuniões de natureza política apresentam uma crescente e lamentável ausência por parte dos cidadãos.
Quando uma assembleia, excepcionalmente, contraria esta regra, já se sabe: há por detrás um interesse pessoal e particular, uma motivação egoísta, muitas vezes fruto de manipulação.
Foi o que aconteceu na última reunião pública da Câmara Municipal, realizada em Quarteira, com um único alvo: os estacionamentos pagos no Largo dos Corte Real, desta cidade.
Foi curioso verificar que nem todos apresentavam as mesmas razões para estarem «contra». Nem podiam: a menos de 50 metros desse estacionamento, há centenas de lugares para aparcamento gratuito… quase sempre às moscas.
Depois de, com mais ou menos acerto, alguns «representantes» de uma dúzia de comerciantes terem exposto os seus pontos de vista, a sala esvaziou e os cidadãos, tão preocupados com o «bem comum», não tiveram paciência para escutar deliberações sobre assuntos que afectam ou podem vir a afectar as suas vidas.
Ponto final. Que cada um reflicta sobre isto e extraia as suas conclusões.
Quase todos sairam antes de se entrar na ordem do dia, que, entre outros, trouxe à análise dos vereadores assuntos como:
atribuição de subsídios a várias instituições, situações dos trabalhos das empreitadas em curso, diversas situações de contratos para obras em freguesias e, particularmente, situações respeitantes à vida dos quarteirenses como:
√ a comparticipação financeira à freguesia de Quarteira ( 116.335 euros ),
√ o contrato programa com a Apromar ( 46.000 euros ) e
√ a aprovação do estudo prévio da requalificação urbanística da zona costeira poente Quarteira Vilamoura (o Passeio das Dunas).
Levei ao conhecimento da Câmara que, no Corgo da Zorra, em Almancil, na berma Norte da estrada Vale do Lobo-Quinta do Lago, no cruzamento com a estrada que vai para o Garrão, existe um buraco, não assinalado, de cerca de meio metro de profundidade, causado pelas obras que aí foram executadas e que apresenta perigo para a circulação de veículos e de peões.
Uma vez que a Câmara deliberou suspender a elaboração deste plano e determinou a rescisão do contrato de prestação de serviço, questionei sobre quanto é que a CML já despendeu com esse projecto.
Perante a proposta de adiamento da discussão deste plano e pelas divergências apresentadas pelos vereadores do Partido Socialista para esta situação – que, aliás, há bastante tempo já era do conhecimento geral de toda a vereação e porque não posso concordar com mais adiamentos da obra, demarquei-me da argumentação apresentada e formulei a seguinte
Como Vereadora Independente mas sobretudo como quarteirense, considero de extrema importância esta requalificação. Como todos sabem, é uma zona privilegiada da cidade de Quarteira e essa requalificação é imprescindível e quanto mais depressa for executada, melhor.
Os espaços pedonais, os espaços verdes e os espaços de lazer que vão enformar parte daquela área, trarão uma imagem de qualidade que enriquecerá o concelho de Loulé e particularmente a freguesia de Quarteira, cidade de cariz turístico, o que, cada vez mais, impera que se crie uma nova imagem. Estou convicta de que a realização do projecto em apreço vai beneficiar não só os turistas mas, sobretudo, irá proporcionar aos quarteirenses residentes, melhor qualidade de vida.
Porque o que me move como vereadora é o interesse do Município e particularmente o de Quarteira, só posso votar a favor desta proposta.
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